terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019

Esse foi um ano de reviravoltas sem nenhuma dúvida. Reviravoltas no campo pessoal e profissional. Para simplificar, vou citar cada um dos meses. Lembrando que a postagem é sempre sobre o que aconteceu no mês anterior.

Janeiro

Iniciando o ano com patrimônio acumulado em 1 milhão e 264 mil reais. Vindo da minha transição para trabalho home-office de Outubro de 2018, estava em um momento passando por riscos do projeto ir por água abaixo. Na verdade, desde o início já havia esse sentimento, e como era meu primeiro projeto neste modelo, obviamente estava errando e procurando aprender. Tive um mentor, conhecido de longa data em trabalhos anteriores, que me ajudou muito a liderar um time 100% remoto. IBOVESPA avançou apenas neste mês cerca de 10 mil pontos, em uns 97 mil pontos, sendo que havia fechado em torno de 87 mil pontos em 2018. Um dos meses em que o patrimônio bruto apenas dos investimentos mais cresceu.

Fevereiro

Esse foi o mês do desastre na Vale, e eu fiquei de fora. Hoje vejo que poderia ter me posicionado forte, e com isso mais uma vez aprendi que o pânico é passageiro. No âmbito pessoal, sempre de olho na saúde e nas metas de estudo. Mês em que comecei a atuar mais em programação, experimentando coisas novas, já que o time começou a tracionar mais no automático. Porém, durou pouco tempo, fui direcionado para outro projeto.

Março

Projeto novo, foi o que mais me deu dor de cabeça. Cliente difícil, na verdade dois que conflitavam interesses. Tive um estresse leve com um dos membros do time, que surtou e foi imediatamente afastado. Fui novamente chamado pra liderar, o time começou a tracionar, justificou ter trazido ainda mais gente pra ajudar. Ainda fiz swing trade com IRBR3, dado que mais tarde passaria a adotar uma estratégia de segurar. Li o livro "a sutil arte de ligar o F#da-se"e achei razoável. Subida tímida de patrimônio.

Abril

Mês em que registrei gastos maiores que minha média. Queda leve no patrimônio bruto dos investimentos, subida pequena no geral com o aporte. No "novo" projeto, mal sabia eu o estresse que seria, o que me fez refletir sobre até que ponto valia a pena assumir um papel de liderança. Comprei alguns lotes de ações, aproveitando a retração do mercado.

Maio

Fiquei arriado com chikungunya. Trabalhando em casa me ajudou bastante a ainda assim conciliar, mas ainda assim não era fácil, devido às dores intensas no corpo, reações alérgicas de pele e muita coceira. Muito debilitante. Lançou o ebook de análise fundamentalista que até hoje não comprei e não estudei. Time no projeto no auge da tração.

Junho

Mês que me marcou, pois em apenas uma semana sem projeto (o que estava foi cancelado) foi o suficiente para dar uma pirada. Para completar, também foi um momento difícil no lado pessoal. Ficar sem recorrência, comecei a pensar muito sobre aposentadoria antecipada. Percebi que não era pra mim ficar sem trabalhar, e que FIRE é uma conquista para nos proporcionar maior liberdade de escolha. Foi inclusive meu patrimônio que me deu "coragem" para sair da vida tradicional de escritório, partindo para trabalhar em projetos no modelo home-office.

Julho

Já registrei no blog que as portas tornaram a se abrir, depois do susto. Consegui pegar dois projetos, e embora pareça maluquice, até hoje consigo administrá-los. Mês em que comprei muitos lotes de TRIS3 por 6 reais, vejam a cotação de hoje hehehe. Novos 100k conquistados. Sempre procurando iniciar estudos em análise fundamentalista, porém com mais carga de trabalho, ficou nítido que não conseguiria priorizar.

Agosto

Viajei duas vezes a trabalho, aproveitei e engordei, tudo custeado por eles. Comecei a me posicionar em varejo, comprando LREN3 e MGLU3. Quando os juros caíram em 6%, veio Trump com seu dedo podre postar merda no twitter, derrubando o mercado perto do fechamento do mês. Peguei um novo projeto, de um antigo conhecido, e comecei a montar time. Decido separar os rendimentos deste projeto e não contabilizar como patrimônio.

Setembro

Tentei classificar os projetos, mas depois vi que ia dar muito trabalho e ficaria confuso. Comprei TIMP3 e TRIS3 se tornou a minha mais nova queridinha, mal sabia que seria tão relevante. Primeiro aporte grande, devido à maior dedicação e volume de trabalho. Criei uma postagem sobre aposentadoria e trabalho, como reflexão pela experiência que passei, refletindo sobre o sentido de FIRE.

Outubro

1 milhão e meio, rumo aos 1.6kk como meta do ano. Mês morno, com muito foco nos projetos. Aporte grande pra compensar a subida tímida da bolsa. Comecei a me posicionar mais pesado em FII's a partir deste mês, mais ou menos.

Novembro

Bolsa subiu muito! Junto com meu aporte, 60k de up! Comprei Mils, Vivara, Locamérica. Me posicionando pesado em ações, ao meu ver e na minha realidade. Postei sobre FIRE e solidão, o que rendeu muitos comentários.

Dezembro

Enfim consegui chegar em mais 100k de subida, meta do ano em 1.6kk alcançada. Bolsa caiu de volta, voltou aos 108k do mês anterior, expectativa de varejo dar uma animada no próximo balanço trimestral. Postagem sobre as pessoas não lidarem com a verdade, pois discuti com alguns conhecidos, por colocar a verdade em cima da mesa. Quem quer moleza, fica fazendo textão na internet. Vai trabalhar, vagabundo.

(Durante Dezembro)

Bolsa subiu ao patamar projetado de 115k, aportei bastante, e quase chego (ou chego, ainda vou contabilizar) em 1.7kk, já antecipando bem os planos de 2020 :)

Fechando por aqui, quis fazer um resumo para ter noção de tudo o que passei. Feliz 2020, que venham muitas conquistas!

domingo, 8 de dezembro de 2019

As pessoas não aguentam a verdade

Olá, meus nobres. Venho aqui pautar um assunto que muito me perseguiu de muito tempo pra cá.

Não é surpresa que nosso perfil aqui na finansfera seja o de muito esforço pessoal, e isso inclui nos sacrificar muito no presente em prol de um futuro mais livre. Nosso perfil mais conservador, mais reservado e observador, também nos leva normalmente a sermos mais diretos e sinceros.

O grande problema, quando falamos da Matrix, é que muitas pessoas nela valorizam as interações sociais, mesmo que isso signifique agir como um "maria vai com as outras" para ser mais aceito, pertencer à algum grupo. Isso não se limita apenas às mídias sociais mais populares, como também as profissionais. Nas redes sociais profissionais, só vejo postagens de pessoas de sucesso, que acordam todos os dias super motivadas para pensar fora da caixa, fazem longos posts abordando verdadeiras juras de amor eterno aos seus empregadores, postagem do estilo "recolocado", esses coaches dos infernos que desconhecem a realidade individual de cada pessoa e vendem felicidade. E ainda os que querem aparecer colocando no próprio nome "Fulano da Silva ITIL COBIT PMP PICA DAS GALÁXIAS". Esse último muitos alegam que colocar certificações e afins nos respectivos nomes ajuda os headhunters a buscarem por esses profissionais, mas aí eu questiono: quem se garante, precisa mesmo dessa exposição exagerada?

Enfim, fiz todo esse paralelo, para ilustrar até onde vale a pena agir feito um macaco para ser "bem aceito" perante sociedade. Eu mesmo tive uma infância um pouco conturbada, e sempre fui excessivamente cobrado. Como nunca tive um perfil socializável, juntando com esse tipo de cobrança, hoje me tornei quem sou, e cheguei no patamar que cheguei, por esforço próprio. É claro que não posso se injusto com pessoas mais próximas, que ajudaram de certa maneira nessa jornada, ainda que 98% de esforço tenha sido exclusivamente meu.

Contexto devidamente introduzido para o tema do título. Desde que passei a me livrar do receio de me relacionar e de expôr minhas opiniões frente à realidade das coisas, menos pessoas vêm participando de meu círculo de comunicação. Se antes eu não tinha muitos contatos por timidez e insegurança, hoje me sinto bem mais seguro e despreocupado em expôr minha opinião, só que isso, ao invés de antes tomar mais pra mim, agora muitos se sentem ofendidos ou não querem simplesmente aceitar os fatos. Eu permaneço aprendendo, ninguém é dono da verdade. Eu já mudei de opinião muitas vezes, e pra mim isso não é fraqueza. Só que, ter opinião hoje em dia, além de ser raro, é muito criticado e nos tornamos alvos de um patrulhamento virtual sem precedentes.

Em termos práticos, eu já não uso mídias sociais há muito tempo, porque fiquei de saco cheio desse patrulhamento. Muitos que falavam comigo, não falam mais. Venho saindo de aplicativos de mensagem, por um lado motivado por isso. Porém, mais recentemente, até mesmo os que aparentemente compactuam de opiniões semelhantes, estão dando "piti". Embora públicos diferentes, o motivo é o mesmo: as pessoas não aguentam a verdade.

Na minha área de atuação, para se dar bem, é necessário que sejamos auto-didatas, que estudemos o tempo todo, que sejamos muito curiosos e que sejamos muito proativos. É uma área para se estudar até morrer, sem descanso. Eu vivo falando, que o mercado de TI não é protegido, ou seja, absolutamente qualquer pessoa pode ser um programador.


Ainda que exista um vasto mercado onde faltam realmente bons profissionais, este mesmo mercado é exigente. Eu já lidei com profissionais que muito me ensinaram e nem tinham formação acadêmica, ao compasso que já lidei com doutores que nada sabiam. De uns anos pra cá, muitos dos meus contatos profissionais se mandaram do país. Está voltando a ter uma demanda absurda por aqui, o que pra mim tem sido uma grande oportunidade, tanto que estou com um monte de projeto nas minhas costas. Há demanda, não há profissional.

Aí, quando vêm pessoas de outras áreas querendo se tornar programadores, eu não meço palavras. Mando a real, até mesmo para ver o quanto vão querer mesmo se empenhar em aprender e crescerem em uma área tão exigente. E a maioria dessas pessoas, ao invés de enxergarem uma oportunidade para tomar o protagonismo pra si, voltam para suas respectivas zonas de conforto, se sentindo ofendidas e não aceitam críticas construtivas e realistas. E aí, eu mais uma vez me torno vilão.

Por um lado, essas mesmas pessoas continuam na Matrix e não querem tomar uma atitude para tomarem o protagonismo de suas vidas. Meu patrimônio é apenas uma consequências das escolhas que fiz, e tenho certeza que não fiz outras escolhas, e que poderia estar morando em outro lugar, e com patrimônio muito maior que o atual. Mas eu fiz escolhas, e coloquei na minha cabeça que eu não queria ser mais um na corrida dos ratos.

Por outro lado, cada vez menos pessoas fazem contato, menos entendem a real das coisas que coloco, e assim vou ficando cada vez menos "popular". E isso me faz pensar, se seria melhor conviver num mundo boçal e distorcido, porém sem ser tão mirado como o errado, o chato. Da mesma forma que minha família não participa da jornada de liberdade financeira, usaria o mesmo mindset de não me expôr e conviver ainda discordando.

Acho que esse é o principal problema de nosso perfil: somos incompreendidos e lobos solitários. Hoje estou numa vibe que não quero mais ter razão em nada, só quero seguir minha vida sem ninguém enchendo meu saco. Só me chateia querer ajudar a quem desejo o melhor, e estes se comportarem como bonobos apertadores de botões na Matrix.

O lado positivo disso tudo, é que paro de perder tempo com assuntos que não me agregam valor. Passo a usar melhor tempo e energia em coisas que me tragam mais valor pessoal ou profissional, infelizmente numa pegada mais egoísta. Como acho que todas as pessoas buscam alguma satisfação em ajudar outras pessoas, permaneço querendo ajudar quem realmente possua esse entendimento e se permita.

Já bastava a época em que eu discutia por política, em vão. Esse mundo tá um saco de aturar, cheio de ofendidinho que não aceita crítica ou opinião contrária. Geração leite com pêra, e não apenas dos mais novos, não. Tem muito adulto bem mais velho que eu embarcando nessa.

Esse post foi mais um desabafo mesmo, e acredito que seja um contexto bastante comum na finansfera. Se trata de mais um viés que contribui muito para o que foi tratado nessa postagem sobre a jornada solitária FIRE.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Atualização do patrimônio financeiro de Novembro/2019

Mês mais tímido em renda variável, mas ainda assim consegui aproveitar boas oportunidades. Postagem mais para cumprir tabela.

Ah, a postagem sobre FIRE, uma jornada solitária? foi um sucesso, acho que nunca tive tantos comentários em uma única postagem, na história deste blog. Assim eu animo e passo a fazer mais desse tipo.



Vida Pessoal


Dei uma relaxada monstra na academia e nos exercícios. Viajei a trabalho. Não cheguei a me pesar, mas o cinto já denuncia. Mas relaxei também para me recuperar da estafa, e estou melhor. Por conta da viagem a trabalho, eu tive uma recaída, dormi muito quando cheguei. Valeu a pena, sensação de missão cumprida.

Este foi o penúltimo mês de trabalho hard-core. Estou chegando agora no último para fechar com chave de ouro. Já ando me articulando para diminuir o ritmo, talvez permaneça em um dos projetos em part-time, se permitirem. Estou ponderando para escolher, e esse que viajei aparentemente me manterá recorrência ainda por algum tempo.

Bom, voltando a falar de saúde e peso, como eu enfiei o pé na jaca nessa viagem, agora me coloquei a meta para segurar a onda até o Natal. Achei bem legal que o Engenheiro Investidor esteja em um ritmo de perder peso. Está postando seu diário de bordo, e está dando muito certo. Suas metas de perda de peso já alcançadas, é o que pretendia até final deste ano. Como eu dei uma relaxada, pelo visto não vou chegar nem perto. Mas sem me culpar, retomando e penso em criar uma rotina também. Sem disciplina, sempre haverá espaço para recaídas.

Bom, eu tive um imprevisto, e fiz uma merda do tamanho de um bonde. Isso resultou que tive que fazer uma obra de reparação gigante em casa, e gastei uma grana ferrada. Todo aquele dinheiro disponível foi gasto nisso, e ainda precisei tirar mais do bolso. Paciência.

Gastei com um presente também, que prometia há tempos. Consegui mais em conta do que o anunciado na black fraude.

Finanças Pessoais


Aproveitei a soltura do molusco e comprei mais ações IRBR3, no dia caíram uns 4%, e já deu resultado positivo. Pouco antes da black friday, também comprei ações MGLU3, aproveitando uma boa queda recente. Também já estou no positivo. Fazendo valer a máxima de "venda ao som dos violinos e compre ao som dos canhões", sendo que fiz boas compras, ao meu ver.

Esse mês a bolsa caiu, retornou aos 108 mil pontos, e apesar de terceiro mês consecutivo no positivo, foi uma subida mais tímida. Vamos ver se os resultados, principalmente de varejo, darão uma animada neste trimestre.

Atualização do patrimônio financeiro


Foi na trave, mas consegui bater a meta que estipulei para fechar o ano. Mesmo que haja alguma oscilação pra baixo no mês de Dezembro, ainda farei um aporte razoável que acredito que possa compensar. Mas espero que o bom velhinho nos presenteie com um fechamento melhor que Novembro.

Com isso, computando 24k de aporte e 17k de rendimentos brutos totais dos investimentos, cheguei ao patrimônio bruto total de 
1 milhão e 601 mil reais. Pronto, meta do ano alcançada. Após o próximo aporte, vou relaxar.

Até o ranking e o show dos milionários!!!