domingo, 5 de abril de 2020

Atualização do patrimônio financeiro de Março/2020

O que falar? Apenas uma palavra me vem em mente: naba.

Vida Pessoal


Perdi dois projetos, os que mais pagavam. Negociei e me coloquei full-time no que ainda possuo. Mergulhei no videogame pra não entrar em parafuso. Estou buscando outros projetos, sem muita expectativa, sei que estamos todos na lama.

Tranquei a academia, pelo isolamento. Já tem semanas que não saio de casa.

Finanças Pessoais


Tomei naquele lugar. Não comprei nada. Não vendi nada. Não estou apavorado, só chateado. Esse é o primeiro bull market de verdade que estou passando. Tô engolindo seco e procurando manter a frieza. Fiquei desgostoso em acompanhar investimentos.

Todo o dinheiro que (ainda) estou aportando, estou fazendo caixa, pura e simplesmente. Não sou vidente, mas tô com um receio enorme das coisas piorarem muito mais. Por este motivo que não comprei nada, embora hajam empresas baratas e com múltiplos incrivelmente atraentes no momento.

Aproveitando que em breve terei muito mais tempo livre, para finalmente mergulhar nos estudos. Já iniciei, quando encerrar os projetos eu terei condições de usar mais tempo para isso.

Atualização do patrimônio financeiro


Bom, neste momento estou abrindo as contas com os respectivos financeiros projetados. Me assusta o recuo de patrimônio frente a desvalorização de nossa moeda, perante dólar. Isso me motiva (e estou agindo) a procurar trabalho lá fora, ainda que atue aqui.

Aportei por volta de 25k para ajudar no bolo. Como ficarei sem dois projetos, é capaz que os aportes reduzam drasticamente, ao menos por enquanto.

Sem mais delongas: 1 milhão e 406 mil reais. Uma queda de 290 mil do mês passado para este. Enquanto não enxergar um caminho concreto para a vacina, e enquanto não tiver uma noção melhor de como serão os desdobramentos, não tenho convicção de colocar 1 real sequer em renda variável. Estou fazendo caixa para segurar por tempos que podem ser difíceis, e para mais pra frente começar a usá-lo para comprar ações bem mais baratas. Eu sei que deveria estar comprando, mas não estou sentindo confiança, penso que ainda há muita incerteza. E eu posso estar errado.

4 comentários:

  1. É Milionário, acho qur todos na vida uma hora passa por seus maus momentos. Pelas palavras que você disse, você não anda muito bem mentalmente, mas não estou no seu lugar também. Digo que jogar video game acaba piorando as coisas, porque o video game simula uma vitória que não existe, a verdade vitória é na vida real, quando alcançamos metas. Mas entendo que não tem muito oque fazer agora.

    Aqui na minha cidade, interior do Norte do Brasil, está 80%, ontem o Governador liberou mais alguns comércios ( Menos Eletrodomesticos e Roupas).

    Mas acompanhando principalmente o @CafecomFerri no Youtube e Twitter, ele acertou a queda da bolsa lá em janeiro, zerou suas posições, agora ele está apostando em uma subida forte e ele tem alguns videos explicando o porque isso irá acontecer. Não vejo oportunidade melhor do que essa para entrar no mercado.

    Tirando isso, estou muito otimista que iremos sair dessa logo, esse remédio que estão usando (pouquissimo ainda) Cloroquina me parece ser a salvação.

    Fique de olho Milionario , saia um pouco de casa se poder, uns exercicios , leitura de livros, conteúdo otimista, enfim...

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    1. Obrigado pelas palavras Peão. Resolvi mudar um pouco meu foco, até mesmo não atualizei para o mês de Abril. Não sei como você encara videogames, mas eu nunca lidei como se fossem refúgios do mundo real, ou em se iludir por vitórias sem efeitos concretos. Na verdade, eu encaro apenas como distração, gosto de jogar, sempre gostei, mas nunca pensei como fuga. É um dos poucos hobbies que possuo, e neste momento que vivemos, acabei reacendendo meu gosto, depois de tanto trabalhar. Acho que não adianta muito chegar aqui, guardar, investir, se não usamos para nosso espírito, não concorda?

      Aqui está começando a liberar, mas eu continuo na minha, sem sair. Até as coisas melhorarem mesmo, ainda deve demorar. Eu fiquei puto da vida com a capacidade destes governadores, foram uns completos incompetentes. Não desmereço a gravidade de contágio, porém os desdobramentos na cadeia produtiva mundial pode passar por consequências mais sérias do que já conseguimos sentir, e me chateia de certa maneira que muitas pessoas não tenham esse tipo de entendimento.

      Esse @CafecomFerri é bom, mas nunca acompanhei ele. Mas eu não me engano, absolutamente ninguém teve a capacidade de prever que uma pandemia desta magnitude viesse nos assolar. Até mesmo perguntei para pessoas bem mais velhas que eu, e e todas elas, sem exceção, me afirmaram que nunca passaram por algo assim. Não existe vidente, o que não tive foi um plano de realocação consistente, uma carteira mais ativa. Mas faz parte do aprendizado. Talvez para chegar no patamar de final de 2019 demore mais do que se projete, pois já gastamos aproximadamente o que conseguiríamos na reforma da previdência em 10 anos, em 3 meses! Isso é seríssimo, e me deixa muito preocupado. Sem contar esses políticos de merda que se aproveitam da calamidade para roubar ainda mais, né seus governadores?

      Infelizmente se politizou até mesmo se os que estão sendo cotados, são eficazes. A verdade é que tô de saco cheio de gente que da noite pro dia, que virou especialista em todos os assuntos, mas ninguém contribui com nada na prática. Pesquisa demora, a pressa se dá porque tem pessoas morrendo, é muito cedo para se tirar conclusões científicas. Mas estamos no meio da pandemia. Você no leito de morte aceitaria fazer um tratamento experimental? Muito se discute o que deveria ser decisão de quem está sentindo na pele os efeitos do vírus.

      Sair de casa, eu nem lembro mais da última vez que saí. Mas felizmente estou conseguindo colocar a cabeça no lugar, consegui outro projeto, estou me exercitando, e engordando sem culpa, pelo menos no período atípico que vivemos.

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  2. Milionário, também perdi dinheiro em RV, só que vendi as ações mesmo com prejuízo depois de uns 2 ou 3 dias de queda, quando percebi que o pior ainda estava por vir.

    Na minha humilde opinião segurar as ações foi um mal negócio para a maioria das pessoas que o fizeram, sobretudo o pequeno e médio investidor que tem menos gordura para queimar. Muito se comentou no início da crise que o mais adequado seria não vender e esperar os valores voltarem ao normal...
    Não temos como saber quando voltarão ao normal, vez que o resto do mundo também parou e mesmo os EUA devem sentir efeitos dessa situação.
    Muita gente não vai recuperar o que perdeu e pior, terão prejuízos grandes.

    Outro ponto importante é que a alta que a bolsa teve desde o ano passado foi em grande parte especulativa, ou seja não há base reais e sólidas para que boa parte das ações alcançem novamante níveis pré corona, a não ser mais especulações.
    Não houve e nem sabemos quando haverá no Brasil a necessária Reforma Tributária. É fundamental para o desenvolvimento sócio econômico brasileiro é profunda e bem feita reforma tributária, porém será uma reforma bem complicada pois impactará diretamente nas receitas de Estados e Municípios e isso gerará um entrave político complexo.

    Agora com a COVID, muitas empresas terão diminuição considerável de receita e aumento de dívida e isso impactará seus próximos balanços e consequentemente no valor das ações.

    Enfim, a bolsa de volatividade e especulções.

    Do ponto de vista emocional, ter ficado comprado foi um mal negócio também, pois apesar de estar em quarentena a carga emocioanl está pesada graças as ações e seria muito mais sábio estar com o emocional mais leve, até para poder analisar melhor as oportunidades e voltar descansado à rotina quando a COVID passar.

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    1. Você aceitou vender sua participação acionária. Com certeza teve seus motivos e ninguém pode julgá-lo.

      Eu não procuro julgar. Mesmo quem amargue quedas bem expressivas, como o meu caso, eu tomei ao menos dois aprendizados: de traçar uma estratégia de carteira de investimentos mais planejada, e de assumir pequenas perdas. A verdade é que eu fiquei paralisado, não fiz nada, praticamente. Ainda assim, tiro o aprendizado, foi o primeiro Bear Market de verdade que eu passei, algo comparável à crise de 1929. Não "perdi" proporcionalmente tanto assim em relação ao meu patrimônio bruto, ainda mais que eu não planejo vender nada no curto prazo. O que penso em fazer, é trocar alguns ativos, o que julgar que não faz mais tanto sentido ao me expor em risco.

      Na bolsa de valores, tudo é especulação. Pense: por mais que nos resguardemos em indicadores na análise fundamentalista, façamos as leituras de gráficos no intuito de entender o momento do investidor médio, ninguém previu uma pancada desse tamanho. Se houvesse algum indicador ou "padrão grafista" que assegurasse uma boa margem de previsibilidade, não acha que já saberíamos que uma pandemia estava a caminho? É o que digo e penso: não existe especialista em um mercado totalmente emocional. É um pouco cedo para pensarmos nas próximas reformas, este ano se eu chegar ao menos perto do meu fechamento de 2019, já me dou por satisfeito.

      Sim, isso é fato. Há empresas e setores mais e menos impactados pela pandemia. Mas já parou pra pensar que existem casos em que se reorganizam e se reinventam praticamente o tempo todo? Vou dar um exemplo prático: Magazine Luiza voltou praticamente ao patamar pré-pandemia. Acabou de divulgar os seus resultados deste trimestre, e é notável os seus esforços sendo redirecionados para o e-commerce. E isso que nem temos uma vacina ainda. Ainda há excelentes oportunidades por aí, e outro ponto que preciso melhorar é aprender a estudar os indicadores, pois podem me ajudar a fazer uma leitura de para onde as empresas estão indo.

      Eu possuo em bolsa o que julgo ter estômago para perder. Imagino que perder absolutamente tudo é improvável, mas meu mindset vem sido moldado pra isso. É triste, não nego que me abalou emocionalmente, mas eu tenho proteção em ativos que não são em renda variável. Ainda sou relativamente jovem para correr atrás do prejuízo. Eu não teria esta proporção em RV se tivesse lá para os meus 60 anos, provavelmente. Ou teria, mas com uma quantidade bem maior em RF comparado ao patamar de hoje.

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